quinta-feira, 29 de abril de 2010

Tempo!

Todo mundo já ouviu a famosa frase "dê tempo ao tempo" ou "vai passar".
Eu não entendo porque as pessoas colocam a culpa no tempo ou confiam demasiadamente nele.
Eu não acho que o tempo seja o melhor remédio para o fim de um namoro por exemplo.
Amor não vai embora, ele apenas envelhece, como a gente.
Claro que conforme o tempo passa a dor diminui e tal, mas não é só por causa do tempo, existem outras coisas muito mais "poderosas" que farão com que você supere isso.
E a coisa mais poderosa dessas coisas poderosas é você mesmo.
Enquanto tu não quiser estar bem, você não vai ficar bem.
Você só depende de você mesmo, a única pessoa a qual você deve alguma explicação é você mesmo, e nem sempre você vai encontrar uma explicação plausível à você (isso é um caso que na minha opinião leva à loucura, pessoas que se cobram e não conseguem se satisfazer).

Conforme o tempo passa as coisas mudam, isso é fato, mudar é essencial, a vida se torna um tédio sendo sempre a mesma coisa.
Caráter é uma coisa que não deveria mudar, e se mudar sempre pra melhor, mas nem sempre isso acontece.
Eu acho que não se pode culpar a maioria das pessoas que mudam radicalmente, se elas mudaram, teve algum motivo, geralmente as mudanças são influenciadas por fatores externos, por momentos, por sentimentos, por situações...

Clichês...
Como se livrar das frases clichês?
Quando eu estou mal eu não quero ouvir a mesma coisa das mesmas pessoas.
Eu quero atos, eu quero gestos, quero momentos.
Coisas que me façam sentir viva, palavras diferentes, palavras verdadeiras.
Julga-se tanto as pessoas que se cortam, as pessoas que bebem, as pessoas que fumam, que se drogam.
Pense no verdadeiro motivo delas fazerem isso.
"Será que eu ainda sinto alguma coisa?"

O amor é um clichê, mesmo que não seja a mesma coisa com todas as pessoas que você se envolve. É o mesmo sentimento, são os mesmos hormônios que são liberados (malditos hormônios) e para algumas pessoas são as mesmas palavras.

A solidão é a pior coisa que tem, ela te confunde, você geralmente vai expressar o contrário do que tu realmente queria expressar, você vai procurar saídas, já que você não tem ninguém, o que geralmente acaba se voltando de novo para o que a sociedade considera sujo ou errado.

Mundo, como você é complicado!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Eu queria poder sentar ao seu lado, ficar te olhando sem dizer nada.
Sem ser preciso dizer nada, te entender com um simples olhar, saber o que você quer, o que você acha, o que você pensa.

Eu queria poder te dar a mão e sentir todo o afeto, todo o carinho.
Que os pensamentos fossem trocados e cada uma terminasse a frase da outra.

Eu queria sentir o teu calor, te abraçar toda vez que me der vontade de o fazer.
Passar horas embaixo de um edredom fazendo nada, conversando, compartilhando pensamentos.

Eu queria voltar a sentir como se todo o mundo fosse lindo e maravilhoso, como se nada mais importasse contanto que você estivesse do meu lado.

Eu queria poder voltar a usar pronomes possessivos sem ser sua dona, sem te prender ou tirar a sua liberdade.
Apenas ter a certeza de que seu amor é meu.

Eu queria poder te dizer tudo o que eu sinto, todas as palavras bonitas que eu formular a qualquer momento, te ligar de madrugada e ouvir sua voz de sono, ter crises de ciúmes, elogiar cada roupa que você colocar, elogiar cada novo corte de cabelo, cada novo penteado.

Eu queria dizer que você é a razão da minha vida, que você me dá força, que você me dá ânimo. Que nada tem sentido sem você, que a minha vida até o momento foi vaga sem a tua presença.

Eu queria que meus olhos voltassem a brilhar, a ficarem mais claros só de te ver.

Eu queria sentir falta da tua presença, acostumar meu corpo junto ao teu.
Apaziguar meu coração toda vez que eu estiver ao seu lado e me sentir segura.

Cometer loucuras, roubar flores, escrever cartas e dizer que eu te amo.


Mas, quem é você que ainda não apareceu na minha vida?
Cadê você que vai dar sentido a todos os meus textos românticos?

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sinceramente, eu acho que eu sou mais problemática do que eu imaginava...

Algum tempo atrás eu prometi pra mim mesma que eu não ia mais me apaixonar, nem me comprometer a um relacionamento de novo, tinha cansado de me foder.
Mas cheguei à conclusão de que eu gosto de me foder nesse sentido, eu gosto de estar apaixonada, eu gosto de ter alguém só pra mim.

Eu posso ter quantas meninas estiverem no meu pé, mas mesmo assim eu me sinto sozinha.

É tão difícil alguém decente se apaixonar por mim? '-'

Por mais bola que eu dê pra todas as meninas, eu no fim só vou querer uma, só que o problema é que geralmente essa uma que eu quero, não me quer D= comofas?

Ah mano, quando mais se precisa de alguém, menos gente tem ao teu redor.

Parece que o mundo conspira contra, sabe...
Caralho, eu só queria comprar rosas de novo, usar roupa social, escrever baboseiras, ficar com cara de boba...

Eu falei que ficar trancada em casa me faz mal!
Já tá aparecendo as crises

Alguém me salva, pelo amor de Deus? ¬¬'

sexta-feira, 23 de abril de 2010

É incrível como o ser humano é fraco.

A maioria das pessoas preferem seguir algo que já está posto de forma imponente.
Por exemplo: religião.
Porque algumas pessoas tem tanto medo de ir para o inferno a ponto de se tornarem obcecadas?
Já postei sobre mentiras, a mentira faz parte da vida das pessoas, queira você ou não.
E provavelmente dos pecados que tu cometeu a mentira é um dos menores.

Particularmente acho ridículo pedir perdão ajoelhada para um Deus que você acredita.
Afinal, se foi Ele que te fez, ele te fez suscetível às tentações existentes no mundo.
Sim, aquela história do livre-arbítrio, mas seguinte: a maioria das coisas que tu faz sem pensar e depois se arrepende são coisas que tu fez por instinto, se tu fez por instinto, é uma coisa que tu queria fazer, se tu queria fazer, qual o pecado?

Existem tantas religiões no mundo, eu vou pro inferno segundo uma religião por acreditar em outra? Comofas? Não entendo...

Disseram que a culpa de eu me quebrar tanto é porque eu não faço sinal da cruz quando saio de casa, e porque eu não rezo...
Acho isso tosco, porque eu vou rezar pra algo que eu não acredito?
Se eu passar a acreditar em algo forçada as coisas vão mudar?

Acho que não hein, minha vida era uma bosta quando eu ia na missa, parei de ir e não mudou muita coisa, melhorou até.
Mas enfim, só divagando, quem sou eu pra achar alguma coisa xD

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Pois é, eu estava toda animada jogando no time do colégio, ganhamos o primeiro jogo de virada, jogadas bonitas, parceria entre as jogadoras, paciência, calma...
Exatamente tudo que faltou no jogo de hoje.
Nós jogamos mal, não mal, mas não tão bem quanto no jogo de sábado.
Começamos ganhando e tal, deixamos empatar e elas viraram, mas, isso é motivo pra culpar todas as jogadoras que estavam em campo? As meninas eram 4 por 4, tinham técnica, tinham movimento, tinham TREINO, coisa que a gente não tem!
Não foi falta de atenção, foi falta de treino.
Metade do time nunca tinha jogado um campeonato mano.
A gente foi até longe demais.
Fiquei observando a Larissa do time, ela me abraçava em todos os gols que ela fez no jogo passado, hoje ela só me xingou, colocou a culpa toda de um gol em mim, porra, eu sou uma pessoa, eu posso marcar uma pessoa, não três e uma bola.
E meu desempenho, pra ajudar, caiu por eu estar com o tendão de uma perna fudida, estava com hipo e o músculo da minha coxa contraído. Eu esperava no mínimo um pouco de preocupação das minhas "colegas" de time.

Colega entre aspas porque colega, literalmente, tem em seu significado, a palavra companheira, e companheiros se importam e se respeitam.

Sim, eu estou revoltada, mas o sentido desse post não é a minha revolta, e sim a mudança de atitude das pessoas, como as emoções afetam as pessoas, como as pessoas podem ser falsas por puro interesse.
O meu problema é que eu tento agradar todo mundo ao mesmo tempo e isso nunca dá certo, porque alguém sempre me julga errado, alguém sempre diz que eu não me importo.
Cara, eu tenho trabalhos pra fazer, tenho provas para estudar, tenho treino, tenho jogos, tenho médico, tenho entrevista...
Se alguma vez eu disse que eu amo você é porque eu realmente amo você.
E sabe, tem vezes que eu odeio amar as pessoas, acho que eu não sou suficiente para algumas, ou não sei demonstrar o quanto eu me importo, o quanto eu quero bem.
Crise emo, estou com vontade de sumir do mapa, conferir se vaso ruim não quebra mesmo. >.<

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Eu cheguei à conclusão de que responsabilidades talvez sejam uma das coisas mais estranhas de se compreender.

Muitas pessoas, inclusive eu, tem algum problema com algum tipo de responsabilidade.
Eu odeio responsabilidades, mas eu tenho que conviver com elas diaria e diretamente.
A partir do momento que você assume algum sentimento por alguém, você assume alguma responsabilidade.
Não estou falando apenas do amor, principalmente a amizade.
É uma responsabilidade tua defender um amigo, segurá-lo para não deixar ele cair.

As pessoas tentam fugir constantemente das responsabilidades, mas, como ser um humano sem elas?
Responsabilidade social, ambiental, cada um tem que fazer sua parte no mundo, já tá uma bosta, vocês querem que piore?

Seja responsável e assuma os seus atos, sejam eles bons ou ruins, foi você quem fez e se o fez tem algum motivo.
Eu queria poder cuidar de cada um que já me abraçou forte, que já me fez sentir viva.
Mas quem sou eu pra fazer isso?
Que força eu tenho se às vezes sou eu quem caio, sou eu quem preciso de alguém pra me levantar?
Eu não sei, mas as vezes eu acho que as coisas poderiam ser melhores se eu tivesse feito antes coisas que eu fiz, se eu tivesse ficado quieta.
Mas, eu fiz, eu falei e assumo a responsabilidade de conviver com isso e com a ideia de que poderia ter sido melhor.
Não, eu não to reclamando, só constatando. =)

Porque eu sempre acabo voltando aos contos...

Era mais uma daquelas manhãs gélidas de setembro, não sei bem ao certo o dia, mas estávamos em véspera da semana das provas bimestrais.
Ela tinha um pouco de dificuldade em matemática.
Paramos na padaria que tinha perto da minha casa, ela comentou que não entendia nada do que a professora falava, ofereci minha ajuda. Ela sorriu, me abraçou, senti meu corpo tremer, disse obrigada seguido de um 'eu te amo'. Nunca entendi direito essa coisa de 'eu te amo'. Afinal, tanto tempo trancada no meu mundo evitando qualquer sentimento, pra de repente ela chegar e bagunçar tudo, me fazer sentir diferente. Enfim, não estávamos muito animados para entrar no colégio aquele dia, já era tarde, tínhamos 5 minutos para entrar, mas faltavam uns 15 minutos de caminhada, era empenho demais correr. Comentei isso, ela parou, olhou para mim e perguntou:
-Que horas tua mãe sai de casa?
Respondi que em uns 20 minutos a casa estaria vazia, ela sorriu:
-Vamos para lá depois então!
Ok, iríamos para minha casa, eu faria café, ela amava café, e eu explicaria a matéria para ela.
Enquanto os 20 minutos não se passavam, sentamos no meio fio de uma rua meio deserta, era 7 e meia da manhã, as pessoas ou já tinham ido trabalhar, ou ainda estavam dormindo.
Os assuntos surgiam entre a gente, era incrível, não havia nem um minuto de silêncio.
Ela reclamou que estava com frio, ofereci meu casaco, ela não quis, peguei na sua mão, estava congelada, tirei meu casaco e o coloquei em torno dela. Percebi que ela me olhava enquanto eu fazia isso, sentei ao seu lado e a abracei, ela se aconchegou nos meus braços e finalmente houve um silêncio. Olhei para seu rosto, seus olhos estavam fechados e um sorriso tímido aparecia em seus lábios.
-Tá com sono? - perguntei.
-Não, mas eu pareço estar sonhando.
Fiquei confusa com aquela resposta, olhei no relógio, era hora de ir. Levantei e estendi minha mão à ela, ela segurou firme, sua mão não estava mais tão fria.
-Bem melhor assim, quente, né?
Ela riu, não me respondeu, nos enganchamos e fomos andando rumo à minha casa, era perto.
Chegamos na minha casa, largamos as bolsas no sofá e ela foi para o quarto da minha mãe, ligou a televisão e ficou lá, embaixo das cobertas enquanto eu fazia o café.
Terminei, peguei o café, algumas bolachas, o caderno e me deitei ao lado dela.
Comecei a explicar a matéria, mas por mais que eu visse que ela olhava pra mim, sabia que ela não estava prestando atenção nas coisas que eu estava falando.
Depois de um tempo perguntei o que estava acontecendo, o porque da falta de atenção dela. Ela baixou o rosto, disse que estava meio confusa ultimamente e voltou seu olhar para baixo.
Segurei seu rosto, levantei, sorri, estávamos perto demais sem nem perceber. Pelo segundo que nossos olhares se encontraram o mundo parou. Ela desviou o olhar de novo, disse:
-Não faz isso!
De novo eu não entendi, perguntei o porque, ela respirou fundo, olhou para mim novamente.
-Porque pode ser que eu não resista e faça isso...
Sua mão segurou minha nuca com força, ela me puxou e encostou seus lábios nos meus.
Ela se afastou, demorou para abrir os olhos, quando abriu, parecia envergonhada, pediu desculpas, eu estava parada, sem reação, não sei, mas acho que queria muito aquilo.
Ela levantou, eu fui atrás dela e a beijei, até hoje me pergunto o que me deu pra ter coragem de fazer isso.
Dos olhos dela surgiram lágrimas, ela sussurrava 'eu te amo' no meu ouvido.
-Eu também te amo, linda.
Talvez tenha sido a coisa mais simples, mais difícil, mais surreal, mais bonita e mais esperada coisa que eu já fiz na vida. Sentia-me tão leve, meu Deus, que sensação era aquela que me extasiava?
Ela segurou minha cabeça com as duas mãos e disse:
-Sabe quando você está a fim de um garoto e sente que você provavelmente vai querer ele até o fim da sua vida?
-Acho que sei.
-É exatamente o que eu sinto por você...
Hey, alguém quebra o interruptor da luz? Eu não quero acordar agora, quero sentir isso de novo, a presença dela.
-Eu estou tremendo, meu coração quer sair pela boca, sinto como se eu fosse a pessoa mais forte do mundo, sinto que quero te proteger, me sinto forte, me diz, o que foi que tu fez comigo?

Texto redigido ao fim da prova de WEB, ao som de Pitty, com 30 alunos gritando, história adaptada de fatos, situações e locais reais. 05/04/2010