segunda-feira, 12 de julho de 2010

Noites de Tempestades

Pensando bem eu não sou nem metade corajosa do que eu pareço ser.
Eu tenho medo de muitas coisas, tenho medo de ficar sozinha, de não ter ninguém com quem contar, tenho medo de sentimentos e hoje, com os raios e gotas violentas de chuva que estão caindo lá fora, me lembrei do quanto eu tenho medo de noites de tempestade.
Na verdade não sei exatamente se é um medo, parece ser alguma coisa mais psicológica, mais traumática, eu me lembro de uma forma estranha, somente de detalhes que não fazem sentido de noites em que cruzei estradas dentro de um carro. Mãos no vidro, desenhos feitos no vidro embaçado, angústia, talvez caiba melhor nessa definição do que medo.
Meu coração está disparado, eu não sei porque, não sei se tem alguma coisa a ver com o problema de saúde que eu estou enfrentando, mas sinto como o dia em que ansiei para que ela atendesse o telefone, e foi só ela atender pra esse nó sumir.
Agora não, a chuva está mais calma, mas eu não.
Talvez eu ainda esteja esperando aquele telefonema, aquelas palavras.

Nesta noite eu estou me sentindo mais sozinha do que eu já me senti em toda a minha vida, meus olhos estão cheios de lágrimas e eu não tenho ninguém, absolutamente ninguém pra segurar a mão, para dar um abraço.
Olho para o lado, para o celular, para o msn, nada.
Vazio total, nenhuma mensagem, nenhuma chamada.

Eu queria passar um tempo sozinha, mas completamente sozinha, sem ter que lembrar de que eu não posso ter as coisas e as pessoas que eu quero por um erro meu, talvez.

Era disso que eu tinha medo, de me sentir sozinha mais uma vez, e desta vez, em perigo.

"Lágrimas e chuva molham o vidro da janela
Mas ninguém me vê"

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