quarta-feira, 4 de maio de 2011

Só passando para registrar meu protesto contra o "eu também" como resposta para o "eu te amo".

domingo, 1 de maio de 2011

Não é engraçado como as pessoas que você costumava partilhar a sua vida de repente parecem tão distantes de ti?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Quando você encontrar alguém a qual você considerará a vida dessa pessoa mais importante que a sua até vais entender porque algumas pessoas choram tanto vendo um filme que seja.
Ver algumas cenas e imaginá-las inconscientemente acontecendo contigo e com a pessoa que mais te importa doi de tal forma que as lágrimas acabam escorrendo dos olhos vermelhos e inchados.
Quando encontrares o amor alguns sentimentos ficarão tão claros que até parecerão patéticos, mas acredite, é por isso que a vida vale a pena.


sábado, 26 de março de 2011

Eu sempre ouvi todo mundo dizer que antes de morrer, um pequeno filme sobre a sua vida passava diante de seus olhos em um segundo. Bem, não foi bem assim comigo.
Quando eu a conheci senti aquelas coisas estranhas do primeiro amor, frios na barriga, nervosismo, perdia a razão quando ela chegava perto de mim, quando me tocava então, eu me sentia flutuar, era algo tão mágico, tão surreal, tão nosso.
No fundo eu sabia que se ela não sentia o mesmo, era algo muito parecido, ela precisava de mim perto dela e eu ainda mais, precisava de seu bom dia para conseguir passar o dia com vontade de viver.
A nossa amizade foi evoluindo com o tempo, nos tornávamos cada vez mais próximas.
Um dia eu estava contando uma das minhas histórias para ela, era uma tarde fria, ela usava um lindo cachecol branco que contrastava o verde de seus olhos que estavam ainda mais verdes naquela tarde, ela fixou seu olhar no meu, eu ri, ela continuou com seu semblante sério, os olhos ainda fixos, parei de rir já preocupada, "está tudo bem?" perguntei, ela deu um sorriso tímido, de canto de boca, chegou mais perto de mim, sentou bem ao meu lado, desviou o olhar para baixo.
"Você já amou alguém?", não entendi muito bem aquela pergunta, mas ora, era tão simples, não, eu entendi sim, só não sabia responder e tinha certa vergonha disso. Ela continuou "Porque eu não sei, se eu nunca amei alguém como é que eu vou saber que é amor quando eu o encontrar pela primeira vez?". Quis falar que também pensava nisso, que também tinha medo de perceber que era amor tarde demais, ou de não perceber, mas não falei isso. "A gente simplesmente sabe quando é amor, não tem muito o que se explicar, acho que deve ser diferente para cada um.".
Ela voltou o olhar para mim, o meu que se encontrava num horizonte imaginário quis desesperadamente encontrar o dela que eu poderia dizer que não foi por querer que olhei para ela.
"E se eu disser que eu acho que eu estou amando?" ela me perguntou, pensei de novo, é, também acho que estou amando, não, mais uma vez outras palavras falhadas saíram da minha boca "Quem?" "Você!".
Aquilo me veio como um soco no estômago, eu não sabia se ficava feliz ou triste, se era certo ou errado, se eu também estava amando ela, fiquei confusa, meus pensamentos se perderam, meus sentidos sumiram, meu corpo esquentou, ela ali tão perto, com um olhar que parecia suplicar por alguma palavra, algum gesto, alguma ação, não consegui, continuei ali do seu lado, paralisada, anestesiada, confusa.
Seus olhos se aproximavam cada vez mais, ela colocou a mão na minha nuca, fechei meus olhos, senti seu rosto chegando cada vez mais perto do meu. "Diga que você também quer" ela sussurrou com a boca quase colada na minha. Abri meus olhos, os dela que estavam fechados agora. "Quero", ela sorriu antes de me beijar.
Meu coração parecia querer sair de mim, batia rápido, forte. Ela colou seu corpo no meu e eu amoleci inteira.
Eu que sempre me considerei tão forte, que nunca liguei para sentimentos estava ali, sem reação ao lado da pessoa com a qual comecei a sonhar todo o meu futuro.
Ela devagar desencostou a boca dela da minha, abri meus olhos, os dela ainda estavam fechados, nos seus lábios vermelhos um sorriso, que eu guardaria para sempre.
Tinha se passado cerca de uma semana do nosso primeiro beijo quando ela me convidou para ir na casa dela. Eu fui.
Chegando lá percebi que não havia mais ninguém em casa, ela me ofereceu algo para comer, recusei, no centro da mesa de jantar havia uma cesta com frutas que pareciam frescas em cima de uma toalha de crochê, ela pegou na minha mão e me puxou correndo para o quarto dela.
Entramos, ela fechou a porta e me puxou, me beijando com uma paixão ardente, podia sentir seu corpo clamando pelo meu. Tirou a minha blusa e abriu meu sutiã, abri o zíper da minha calça, esperando que ela viesse.
Ao terminar de tirar a minha roupa ela parou e ficou me olhando um tempo, a puxei e a beijei. A mão dela acariciava meu corpo com firmeza, eu estava quente, ofegante, precisava daquilo.
Sua mão finalmente encontrou a parte mais quente do meu corpo, já molhada. Ela me acariciava e eu entrei em êxtase.
No outro dia ela me beijou pela primeira vez na frente das outras pessoas, senti uma certa vergonha, mas ao mesmo tempo me senti livre, algumas pessoas nos olhavam torto, mas nós não ligávamos.
Naquela noite ela tinha um aniversário de uma prima e ia sair antes, sem me esperar. Não me importei, estava bem feliz aquele dia.
Eu fiquei um tempo a mais na sala, tirando algumas dúvidas com o professor.
Ao sair coloquei os fones de ouvido, estava ouvindo uma música que me lembrava ela.
Quando estava na metade da rua, indo para o ponto de ônibus, apareceram dois carros em alta velocidade, eu tentei correr, não deu tempo, o carro branco me acertou, quando cai no asfalto fechei meus olhos e vi aquele sorriso, o sorriso mais lindo do mundo, que ganhei fazia uma semana. Não lembro de mais nada, nem sei como cheguei aqui, mas agora eu estou sentada ao seu lado na cama, vejo seus olhos cheios de lágrimas. Quero lhe falar que está tudo bem, que não tem mais nada doendo e que eu estou aqui do lado dela, mas eu não posso falar e sei que ela não poderia me escutar.
Me arrependo por nunca ter dito isso para ela enquanto pude, talvez ela saiba que eu vou estar perto dela até que ela consiga encontrar outro motivo para sorrir, mas ela está tão triste agora que acho que ela esqueceu. Queria que ela pudesse ouvir pela última vez o meu "te amo", porque mesmo aqui, eu continuo a amando.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Eu acredito nas palavras ditas à mim, quando são direcionadas diretamente aos meus ouvidos, quando eu sinto um olhar verdadeiro, quando eu vejo sentimento.
Eu acredito que ainda há saída, que eu ainda vou poder me entregar inteira e verdadeiramente à alguém que me diga as coisas que eu preciso ouvir.
E eu ainda sei que mesmo que eu diga que essa pessoa não está ao meu lado, ou que essa pessoa não existe ou ainda que ela não se importa, eu sei que eu posso olhar pra trás que na minha história eu tenho pilastras o suficiente para me manter forte.
Essa pessoa existe, essa pessoa pode ser várias pessoas, essa pessoa pode ser um objeto, independente do que seja, de quem seja.
E eu vou acreditar que enquanto eu respirar por alguém, alguém respirará por mim também.
Eu vou acreditar nas cartas à mão, nos versos simples, nas rosas, nos corações, nas declarações, nas acelerações cardíacas, nos suspiros, eu vou acreditar no romantismo.
Eu vou acreditar no amor.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

E quando eu penso em todas as vezes que afirmei que eu não choro por quase nada, vejo que não é sempre assim.
Teve épocas em que realmente não derrubava uma lágrima sequer. Tempos em que sensibilidade não fazia parte do meu dicionário.
Mudei, como tudo que têm um ciclo aqui nesse mundo. Abri meu coração para uma pessoa, me permiti a paixão, o desejo, todas aquelas sensações novas para mim. E senti, vivi intensamente todos, absolutamente todos os momentos em que ingênua, acreditei que iriam perdurar para sempre. Não que eles tenham se apagado, mas não foram o suficiente para me fazer sorrir por todos os dias da minha vida.
Até que ela derrubou meu coração no chão e indiferente, o fez sangrar.
Tranquei meu coração em uma caixa. Não o permiti mais sentir, fragilizado ele obedeceu.
Permaneci fria por muito tempo, ainda derrubava lágrimas, toda vez que aquela que o fez sangrar sem ao menos oferecer ajuda vinha confundir meus sentimentos que por mais trancados que estivessem, não desapareceram.
Decidi então jogar a chave fora, cansada de sofrer decidi que era hora de parar de sentir mais uma vez.
Pouco tempo passou até que outra pessoa apareceu.
Veio do nada, foi conquistando pouco a pouco a minha confiança, o meu sorriso e até me atrevo a dizer que conquistou minha dor também. Me entendia, me compreendia, sabia exatamente o que eu sentia, o que eu queria.
Ela conseguiu tirar o meu coração daquela caixa sem que eu percebesse.
O tratou bem, tão bem que o fez dependente de seu carinho.
Tão dependente que quando saiu de perto, o fez sangrar mais uma vez.
Hoje me vi sozinha e frágil, chorando ao ver um filme.
Não foi pelo filme em si, mas entendi o sentimento do filme, o que me fez ter certeza de que por mais que ele tenha sangrado, de que ela esteja longe, que eu tenha que me conformar de que não há nada que eu possa fazer, não quero mais trancar meu coração, quero continuar sentindo, quero continuar sofrendo. Porque enquanto eu puder chorar por alguém, eu posso ter certeza de que ainda estou viva.

domingo, 30 de janeiro de 2011

E quanto mais eu te vejo, mais preciso te ver.
Quanto mais te beijo, mais quero te beijar.
Quanto mais te abraço, mais sou dependente disso.
Quando me sinto sozinha, é em você que eu penso. Porque eu sei que mesmo que tu não esteja ali do meu lado pra segurar a minha mão, eu sei que tu está perto de mim.
E sei que tu também pensa assim, que mesmo que as coisas estejam difíceis, tu sabe que eu estarei sempre disposta a te abraçar, a te dizer que tudo vai ficar bem e que eu te amo.
Porque eu te amo.
Simples assim. Complexo assim.
Um sentimento que me atrevo a chamar de novo, por cada novo formato que ele ganha a cada vez que te vejo.
Um sentimento que trás junto consigo outros sentimentos, talvez sentimentos esses que tenham me levado a sentir isso. Confiança, respeito, admiração, carinho...

Me sinto tão impotente quando estás mal e eu não posso segurar sua mão ou fazer uma piadinha idiota e sem graça que vai fazer você rir.

"O ser humano é tão burro, em geral, nos baseamos em fatos já ocorridos e evitamos experiências novas por medo de que aquilo que machucou aconteça de novo, às vezes acabamos fazendo com que machuque antes de machucar, se é que iria machucar.
A saudade é uma coisa muito curiosa, porque por mais terrível que ela seja, ela acaba fazendo com que as pessoas se tornem mais suscetíveis e consequentemente mais humanas, pessoas frias que não demonstram sentimentos sofrem mais do que aquelas que se derramam em lágrimas num canto.
E convenhamos, a saudade sempre deixa o abraço mais apertado e o beijo mais demorado" (Iussara)

Acredito que nosso problema seja a saudade, de tão lindo e mágico que se tornou nosso sentimento, nos viciamos nele. E quando não podemos senti-lo na pele, perdemos a razão, achamos que está faltando alguma coisa. Somos tomadas pela nostalgia e a falta que um simples abraço faz nos deixa loucas.

Sabe, tive medo de te amar no começo, tu sabe da minha história, dos meus motivos, sei também que não deve ter sido fácil pra ti.
Mas esse é o tipo de coisa que não tem como fugir, nem se deve fugir, sentimento tão bonito que chega a ser egoísmo guardá-lo. E eu não tenho mais medo, eu quero assumir o amor e o compromisso de te amar enquanto aqui houver um coração.
Vou perder a razão, o juízo, a sanidade, o controle, contigo. Vou deixar que esse sentimento cresça, cada vez mais, se expanda, tome proporções monstruosas e não vai nos fazer mal, nunca.
Porque o amor não faz mal, o amor é simples, é belo, é raro.
E enquanto eu estiver contigo e contar com o seu amor também, eu estarei tranquila.
E eu estou tranquila. E eu te amo.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Hoje eu não quero palavras.
Não quero falar nada nem ouvir nada.
Só sentir, sentir e saber.
Saber o que é verdade e o que realmente importa.
E eu sei. Eu sei quem importa.
E me importa você e nossa reciprocidade.
Me importa como você se sente, como eu faço você se sentir.
Quero parar para pensar, fechar os olhos e me incomodar com o fato de que eu não vou conseguir pensar em nada que não seja você.
Deixar as memórias que tenho de ti virem à tona e inconscientemente sorrir.
Ouvir alguém me perguntar porque de eu estar sorrindo e eu não responder, porque é nosso.
Não só hoje, mas todos os dias que se seguirem, quero poder te abraçar, me sentir forte e ter a estranha sensação de que está tudo bem e que nada mais vai te ferir.
Quero poder olhar nos teus olhos por mais de 4 segundos e ver você sentindo vergonha, e rir.
Quero te dizer "eu te amo" todas as vezes que assim eu quiser.
Te mostrar que temos um universo de coisas que nos esperam, mesmo que essas coisas e até mesmo nós não saibamos disso.
Quero sonhar acordada, deitar ao seu lado, sentir seu corpo, seu calor, seu amor.
Quero te dizer as coisas que eu sinto, te escrever cartas, ouvir músicas e lembrar de ti.
Te mandar mensagens pelo celular, conversar contigo por horas e horas e horas e ver que o assunto nunca vai acabar.
Quero ocupar no seu coração um lugar tão especial quanto o que tu ocupa aqui no meu.
Quero te amar e ficar ao teu lado sempre.
Eu te amo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Parou no meio da calçada, encostou-se em um poste enquanto a chuva grossa caía violentamente sobre seu corpo.
Olhou para o outro lado da rua, fechou seus olhos, ergueu a cabeça. Viu aquele sorriso doce que a confortava. Poderia até dizer que lágrimas escorreram, se elas não pudessem ser confundidas com as gotas de chuva.
Sentia seu coração palpitar desesperadamente. Desencostou-se do poste.
Atravessou a rua, olhando para a faixa pintada na rua.
Ouviu buzinas e barulho de pneu derrapando, seguidos de uma série de palavras ofensivas vindas de uma voz masculina que, ao notar a indiferença dela, cessou a sequência de xingamentos e quieto continuou seu caminho.
Ela sentou no banco, apoiou os cotovelos em seus joelhos e abaixou a cabeça.
Perdeu a noção de quanto tempo passou ali, de cabeça baixa estudando as linhas que separavam cada pedra do chão.
Ali sentiu seu coração vazio, levou a mão direita em direção ao seu coração, segurou com força a camiseta em um ato de desespero.
O céu começou a abrir, a chuva parou.
Sentiu alguém se aproximar correndo.
Olhou para o lado.
Daquela vez não foi preciso fechar os olhos para ver aquele sorriso.